Vestibular migraine: An update on current understanding and future directions

2–3 minutos

ler

O artigo trás uma revisão interessante sobre o atual conhecimento sobre a migranea vestibular, abordando desde os aspectos epidemiológicos, apresentação clínica, patogênese e possíveis tratamentos.

Segue abaixo os principais pontos do artigo. Os que quiserem ler o artigo completo a referência se encontra no final.

  • Tontura é mais comum em migranosos quando comparada com pacientes com outros tipos de cefaleia, sugerindo um link patológico entre migranea e tontura.
  • Diferente de uma aura típica de migranea, a qual pode durar de 5-60 minutos, os sintomas vestibulares dos pacientes com migranea vestibular pode persistir por horas até dias.
  • A vertigem paroxística benigna da infância é considerada uma manifestação da migranea vestibular e tem prevalência de 3%
  • A prevalência de 2,7% e 1% de migranea vestibular nos EUA e na Alemanha, respectivamente.
  • Maior incidência em mulheres (1,5-5:1 mulheres:homens)
  • Início dos sintomas vertiginosos entre 8 e 50 anos, com pico entre 30-40 anos. O intervalo ele o início da migranea e os sintomas de migranea vestibular é de aproximadamente 8 anos.
  • Até 40% dos pacientes com migranea vestibular apresentam sintomas auditivos intermitentes, tais como sensação de pressão no ouvido ou zumbido.
  • Pacientes que com diagnóstico de migranea sem a apresentação concomitante de sintomas de migranea e sintomas vestibulares serão classificados como migranea vestibular provável.
  • Na migranea vestibular, os sintomas são geralmente desencadeados por mudança de posição, movimentação, movimentos no campo visual.
  • A duração dos sintomas: regras dos 30 – 30% dura minutos, 30% dura horas e 30% dura dias.
  • Qualquer doença vestibular pode ser complicada com sobreposição de episódios de migranea, no caso a migranea vestibular não será a culpada.
  • Vertigem também pode ser manifestação de migranea com aura de tronco, entretanto, não temos na migranea vestibular a presença de outros sinais tronco.
  • Os achados laboratoriais são bastante variáveis entre pacientes com migranea vestibular. Três recentes estudos demonstraram oVEMP alterado e cVEMP normais nestes pacientes.
  • Pacientes com migranea vestibular apresentam: alteração no teste de organização sensorial; aumento do Sway na posturografia; comprometimento da audição em 8% dos pacientes.
  • As alterações encontras na avaliação clínica do paciente com migranea vestibular: alteração do seguimento lento (48% dos pacientes); nistagmo espontâneo (10% dos pacientes); nistagmo posicional central ou evocado pelo olhar (28% dos pacientes).
  • A “desmodulação sensitiva” a qual é uma habituação e potenciação das respostas sensitivas inadequadas estão implicadas na patogênese da migranea
  • Os núcleos nociceptivos se projetação para o sistema trigeminovascular e núcleo vestibular o que pode modular a atividade neuronal nestes locais.
  • Em geral o tratamento em pacientes com migranea vestibular pode ser feito com mudança de estilo de vida, ajuste na dieta, medicações, reabilitação vestibular e atividades que melhorem a percepção de orientação espacial.
  • Não há evidência no tratamento profilático da migranea vestibular: verapamil, lamotrigina e topiramato.
  • Há evidência fraca para o tratamento profilático da migranea vestibular: flunarizina, antidepressivos tricíclicos, venlafaxina e ácido valpróico.
  • Evidências para tratamento abortivo da migranea vestibular: zolmitriptano e sumatriptano.
  • Reabilitação vestibular é útil afim diminuir a dependência visual e sintomas desencadeados por estímulos visuais conflituosos.
  • Atividades que desenvolva a percepção espacial e coordenação corporal pode ajudar os pacientes.

Artigo completo: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0333102419869317

Deixe um comentário